domingo, maio 25, 2014

Fidel Castro e o perfume personalizado do leite de vaca

Dentre as publicações internacionais que se distinguiram ao longo de décadas em denunciar oportunamente os embustes do comunismo e do socialismo de marxismo exposto, avisando para a tragédia que tais sistemas significam, poucas chegaram ao nível da L´Express francesa.

Nos anos setenta do século que passou, esta revista primou sempre pela apresentação de livros, ensaios, entrevistas e crónicas, para além de notícias que mostravam inequivocamente a natureza totalitária desses regimes comunistas, contribuindo para o esclarecimento público da natureza fascista, de esquerda, desses sistemas.

Curiosamente, em Portugal, os media nunca deram o devido destaque a tais denúncias e factos que mostravam a verdadeira realidade dos países atingidos e, pelo contrário, sempre se associaram ao jogo táctico dos partidos comunistas e de esquerda marxista.

A explicação de tal fenómeno carece de estudo estatístico e reflexão analítica. Porém, tratando-se de fenómenos da natureza humana, com as suas variáveis incontáveis, as opiniões tornam-se livres e  integradas nesse contexto podem ajudar à reflexão.

Para mim, tal fenómeno nacional fica muito a dever à especial classe de jornalistas que ainda temos. Oriundos de meios urbanos ou já assimilados, filhos e netos de pessoas que execravam o fascismo que identificavam com o regime de Salazar/Caetano, herdaram tal carga ideológica quase no adn e por isso desculpabilizam, contextualizam para tal e condescendem com as atrocidades totalitárias de regimes cuja ideologia se opunha à do tal fascismo de Salazar e Caetano e  o combatia. Presos, muitos deles deixaram marcas nos descendentes, para toda a vida.
Esta gente não tem por isso distância psicológica, subjectiva ou mesmo senso comum para se posicionarem como pessoas isentas na análise ou imparciais no juízo. São adeptos e correligionários de quem se opunha àqueles e tendem por isso mesmo a aplicar o ditado de que os inimigos do meu inimigo meus amigos são.

Talvez seja essa a razão de em 1974-75 o comunismo ter conseguido os sucessos que por cá obteve, sempre com apoio dos media, em geral e mesmo dos que à partida se julgariam insuspeitos, como é o caso do Expresso.
E talvez esse fenómeno se ficasse a dever à proibição que até então impendia sobre toda e qualquer propaganda explícita ao comunismo. O fruto proibido...

Pelo contrário, em França, a liberdade de expressão maior e a legalização do PCF contribuía para que a discussão pública fosse mais livre e mais esclarecedora e era o L´Express quem fazia muitas vezes a honra dessa casa. E uma vez, em 1975 foi até muito criticada pelo Expresso de cá, por exagerar no retrato do país que era o Portugal de então...porque o Expresso de então ( onde já estva um Marcelo Rebelo de Sousa) não acreditava que o L´Expresse tivesse razão...


Em 1974 o Expresso de cá não deu o mesmo destaque que o L´Expresse a este acontecimento de relevo mundial e a primeira vez que se denunciava, com factos ( após as denúncias de Krutschev do estlinismo) o que se passara na URSS, pátria do socialismo que muitos queriam ver por cá a raiar.



Na mesma altura, apesar de ser uma evidência o que se passava na Europa, por cá não dávamos conta...


A foto de baixo é do livro de Joaquim Vieira Nas bocas do mundo.

Esta semana a mesma revista L´Express publica mais uma denúncia de outro embuste monumental do comunismo internacional que o PCP segue ainda hoje como bandeira e ninguém ousa denunciar com vigor e convictamente, à semelhança do que se passou em 1974-75 e eventualmente pelos mesmos motivos ( a especial idiossincrasia dos media portuguese e particularmente de quem os dirige- basta ver quem são e de onde vêm).

Desta vez é Fidel Castro o visado e a Cuba comunista e pátria da igualdade entre todos os cidadãos.

As imagens e o texto são de um antigo colaborador muito próximo de Fidel que resolveu agora escrever um livro que desmonta todas as falsidades do regime comunista de Cuba e do seu mentor principal, o monarca comunista Fidel.

No livro A vida escondida de Fidel Castro, Juan Reinaldo Sanchez que durante vários anos serviu de aio ao ditador conta algumas coisas que sabe sobre o comunista igualitário do socialismo à moda de Cuba. modelo para muitos comunistas portugueses, ainda hoje.

O pormenor mais pitoresco e revelador é o de Fidel Castro ter um privilégio raro, todos os dias de pequeno almoço: leite saido de uma vaca personalizada. Privilégio extensível à família. O leite de Fidel é da vaca nº 5. Como o perfume Chanel...

Ah! Já me esquecia: Fidel é um nababo paranóico, tirano e assassino. Não sou eu que o digo, mas está aí escrito. E mesmo assim tem muitos turiferários, mesmo por cá. E por muito esforço que façam nunca conseguirão dizer tal coisa de Salazar, por exemplo e por ser aquele que queriam ter apeado para colocarem alguém da estirpe de um Fidel. Por exemplo, um Cunhal.




6 comentários:

lusitânea disse...

Os donos de Cuba, a família Castro, são deuses do olimpo cá na democracia internacionalista.Eles mandaram os seus lacaios lutar pelas "independências", eles iniciaram em Luanda as mortandades, eles andam agora na Venezuela a tratar doutras centenas de milhar de Portugueses.
Mas a propaganda é tanta que vulgares assassinos como o "Che" andam nas camisolas dos internacionalistas caseiros doutrinados como os islamistas radicais:muita repetição da lição dada...
Outro crime que os internacionalistas agora andam a fazer e que a "direita" é igualmente responsável e por isso nem vale a pena ir votar é terem tornado Portugal uma espécie de casa de putas onde todos se vêm servir
A indústria do passaporte, a melhor do mundo, vai ser outro ultramar ao contrário:agora paga-se a colonização e venha ela donde vier que existem idiotas úteis em todo o lado e em especial nas universidades, sempre as universidades com "investigação" e tudo.E ninguém os apeia...

lusitânea disse...

Os professores e os médicos podem ver para onde se escoa o dinheirinho do seu colossal aumento de impostos porque a dívida essa continua a subir...e pelo que vejo assim vai continuar a ser até começar o festival com foguetes e tudo...

Floribundus disse...

em 58 conheci um cubano nome Arco
no final de janeiro escrevia de Cuba a um amigo.

o subscrito tinha por cima de Presidente Batista um carimbo Gabinete de Fidel. passados meses não respondia às cartas

em 59 apareceu a cantar na tv uma ex-amante de Fidel.

a vida triste dos cubanos com quem contactei pela net
lembram um livro sobre a arraia-miúda em Roma

Robert C. Knapp; invisible romans: prostitutes, outlaws, slaves, gladiators, ordinary men and women ... the romans that history forgot (2013)

zazie disse...

Uns nababos. Todos; desde os milenarismos do tempo da Reforma, parece que nunca existiram profetas da igualdade que não tenham vivido de forma oposta ao que pregaram.

Há-de ser fenómeno psicológico que mostra que a igualdade é contra-natura e que só com o Poder totalitário se impõe.

E a hipocrisia tem muitos adeptos- o idolatrado Garcia Marquez não se importava.

Maria disse...

Pouco tempo depois dos militares cubanos terem abandonado Angola, uma mulher humilde (como era e ainda é toda a população) afirmou para uma televisão que ao menos enquanto eles, os militares seus conterrâneos, tinham permanecido em Angola as famílias cubanas iam recebendo bens de todo o género de que tanto necessitavam e que jamais teriam possibilidade de adquirir, como televisões, frigoríficos, mobiliário, etc. E de certeza absoluta (estava implícito) bens alimentares como, entre outros, o maravilhoso e enorme marisco, digo eu.

Quer dizer, os grandes libertadores dos portugueses europeus do jugo opressor do salazarismo e responsáveis máximos pela criminosa auto-determinação dos portugueses africanos, escorraçaram-nos com dois propósitos: um, de entregar os nossos territórios aos dois internacionalismos; outro, de sacar eles próprios e de deixar pilhar pelos terroristas e pelos mercenários tudo o que tivesse valor material, pertencente por direito aos seus proprietários porque adquirido na sua imensa maioria com o suor do seu rosto e o restante, que não havia sido, fora herdado dos antepassados e/ou adquirido por estes igualmente com o esforço hercúleo dos seus braços, que, para a sua obtenção em épocas passadas, era a regra sem excepção.

Para a U.R.S.S., ia, d'Angola, muito marisco e variadíssimos outros bens e de Portugal para o mesmo país, seguiam medicamentos (além d'arquivos da Polícia Política, ouro, muito ouro) importantíssimos e preciosíssimos (e o começo da sua inexistência ou esgotamento nas nossas farmácias e a permanente aflição dos nossos doentes pela falta deles, jamais verificada anteriormente) dada a sua falta crónica sentida pela população, carente disto e de tudo o resto. E para Cuba, de Angola, seguiam os bens citados acima roubados criminosamente aos residentes a que há a acrescentar muitas centenas ou milhares de automóveis, sobretudo os mais caros, de todas as marcas e origens. Não havia a população cubana de ter rejubilado pelo facto de muitos dos seus militares terem seguido e permanecido vários anos em Angola e não admira de ter ficado entristecida pelo seu regresso definitivo...

lusitânea disse...

Para os nossos internacionalistas o roubo por outros internacionalistas é "progressista"...
Eu posso testemunhar como o saque era bem organizado pelos cubanos.Bens de "colonialistas" claro
Agora é que estando todos a pagar e a dar "aldeias olímpicas" é que a coisa melhorou um pouquinho mas só para quem for testa de ferro de algo...

A obscenidade do jornalismo televisivo