quarta-feira, abril 15, 2015

Os ventos da História a dançar com Béjart em Junho de 1968

No volume VI da biografia de Salazar, Franco Nogueira relata esta historieta interessante ocorrida em 6 de Junho de 1968, dia da morte de Robert Kennedy.
O coreógrafo Maurice Béjart num espectáculo de bailado no Coliseu soprou um dito fatal, nesses dias, a seguir aos fenómenos hippies, nos EUA e dias depois de em Paris terem ocorrido as manifestações do "Maio de 68": "façam amor, não façam a guerra" .
Ora nós estávamos em guerra aberta em três frentes e tal caiu muito mal ao próprio Salazar. Reacção pronta do mesmo: cancelamento de espectáculo e expulsão do artista,  imediatamente.
Com estas justificações que depois se tornaram interessantes,  para com o presidente da Gulbenkian.

Salazar fala em "ventos que sopram de certos quadrantes".  Ventos, pois...











8 comentários:

zazie disse...

Lembro-me perfeitamente do caso porque os meus pais assistiram.

lidiasantos almeida sousa disse...

Nessa altura era muito jovem e dançava no verde gaio da saudosa professora MARGARIDA D´ABREU.
Obrigada por me recordar coisas tão belas.

Floribundus disse...

Pied Noire e nascida uns anos antes de mim, a minha Grande Amiga Andrée, casada com um advogado português de família conhecida, de quem enviuvou cedo

era 1ª bailarina da ópera de Paris onde dançava com Maurice

este tinha um amante em Paris e outro fora.
deste escondia as cartas na bolsa da Andrée

da 2ª vez, também no Coliseu, toda a gente, menos eu, aplaudiu de pé uma cena sobre os momentos finais dum paneleiro com sida

a música era dos Queen cantada pelo falecido lilas Fred Mercury
só no dia seguinte o grupo em que me integrava concordou comigo
aplaude-se por estar na moda
e ser politicamente correcto

Josephvs disse...

Um link interessante Felicidade Alves nao era unico...
:
http://rorate-caeli.blogspot.com/2015/04/helder-camara-lifetime-of-working.html

Apache disse...

«Salazar fala em "ventos que sopram de certos quadrantes". Ventos, pois...»

E quando o vento incomoda, a melhor acção (pelo menos no imediato) é fechar a janela.

Apache disse...

“a música era dos Queen cantada pelo falecido lilás Freddie Mercury”

Paneleirices à parte, o lilás de Zanzibar tinha uma grande voz.

José disse...

E um guitarrista e compositor ainda melhor ( Brian May).

O disco A night at the opera é uma maravilha pop.

Apache disse...

Concordo.

A obscenidade do jornalismo televisivo