terça-feira, setembro 27, 2016

O PCP e a ditadura do proletariado

20 de Outubro de 1974. Suprime do seu programa político a Ditadura do Proletariado enquanto modelo de exercício do Poder na fase de transição para o Socialismo.

O PCP começou o PREC, logo após o 25.4.74, ainda com a ideologia fóssil dos anos de clandestinidade e da "ditadura do proletariado".
Na Europa ocidental de 1974, não havia nada parecido. Ninguém se incomodou com tal fenómeno, por cá.

5 comentários:

aguerreiro disse...

Como diria o camarada anarca desses tempos: Tinha mau hálito!

Floribundus disse...

Insurgente

Acaba de ser publicada a mais recente edição do “The Global Competitiveness Report 2016-2017” do World Economic Forum, que coloca Portugal na 46ª posição num conjunto de 138 países.

Várias coisas saltam à vista neste relatório. Primeiro, o facto de Portugal ter perdido oito lugares no ranking mundial face à edição do ano passado. Segundo, o facto de a fiscalidade (elevada e complexa) ser percepcionada como o maior obstáculo à actividade económica. Em particular, a dos impostos que afectam o investimento das empresas e a do imposto em sede de IRS (ver “7th pillar: labour market efficiency”) nos quais Portugal classifica em 113º e 128º lugar, respectivamente. E, por fim, terceiro ponto a sublinhar, que o verdadeiro atraso de Portugal reside na ineficiência e ineficácia institucional e administrativa do Estado, cujos efeitos, segundo se deduz do estudo, se fazem sentir sobretudo numa complexa burocracia pública (109º), na incompetência geral da Justiça (126º) e na desregulação de determinados sectores regulados como a banca (129º). Ao invés, a classificação de Portugal na educação, na inovação e, sim (!), também nas infraestruturas, é bastante boa.

Em suma, sem subestimar a influência que o nosso perfil de especialização tem sobre a nossa competitividade global no comércio internacional, eu diria que o nosso verdadeiro problema, o nosso principal atraso, está na decadência institucional e administrativa do Estado, causada por uma administração pública virada para dentro, frequentemente impotente para tratar dos verdadeiros problemas das populações, altamente politizada e, pior ainda, altamente partidarizada. Isto sim, diria eu, constitui um drama e representa o diabo.

josé disse...

O livro de Gonçalo Sampaio que aqui referi é um compêndio do funcionamento do Estado, organizado pelos partidos.

A ineficiência geral da justiça é apenas mais um capítulo que tem as suas fundações e raízes nas universidades e na incapacidade dos mestres pensarem de modo diferente.

Floribundus disse...

José
tem toda a razão no que respeita à justiça e diarreia legislativa

Insurgente
Portugal está, de acordo com o relatório de competitividade global do World Economic Forum, na 46ª posição, atrás de portentos económicos como o Azerbaijão, o Panamá, as Ilhas Maurícias e a Arábia Saudita. Caímos 8 posições relativamente ao relatório de 2015-2016....
Estamos, portanto, no bom caminho. No bom caminho para alcançarmos países como o Bahrein ou o Ruanda, que estão a meia dúzia de posições de Portugal. A Venezuela é o limite.

foi assim que implodiu a falecida urss

josé disse...

Ouvindo o Costa e o seu ministro da Economia isto está melhor que nunca. É só rosas, senhores.

A obscenidade do jornalismo televisivo